Estudar em casa

estudar em casa

O isolamento social levou muitos colégios a aderirem o ensino a distância. Com o Educar não foi diferente, estamos utilizando a tecnologia a nosso favor, mas compreendemos as dificuldades de conciliar os filhos em casa com a rotina home office. Por isso, separamos 6 dicas para ajudar você e seus filhos a criarem o hábito do estudo em casa!

Entendemos que na situação que vivemos agora é um pouco difícil de aceitar e muito distante da realidade que estávamos inseridos a duas semana atrás. O medo e a ansiedade com os problemas atuais estão presentes a todo tempo, mas precisamos controlar isso para permanecermos bem e para conseguir cuidar das crianças, afinal, elas também não estão acostumadas com toda essa rotina. Portanto, comece o dia respirando e ciente de que é uma fase que exige novos hábitos e atitudes. Por isso, separamos algumas dicas para você e os pequenos conseguirem lidar melhor com esse novo cotidiano.

CRIE UMA ROTINA

A organização é essencial para que o trabalho e os estudos em casa funcionem. Por isso, estipule horários, essa medida ajuda a organizar o tempo do estudante, o que contribui para que ele consiga administrar melhor as demais atividades do dia a dia. Mantenha os hábitos de acordar e dormir nos mesmos horários. A rotina definida garante previsibilidade e segurança para as crianças.

ESTABELEÇA UM LOCAL ADEQUADO

Quando o despertador tocar, é a hora de se levantar e "ir" para a escola, como se fosse sair de casa. Então, acorde no horário, tire o pijama e o mais importante, coloque o aluno em um espaço apropriado para estudar. Assim, poderá guardar de forma organizada os materiais que necessita para realizar as atividades, como cola, tesoura, livros, revistas, jornais, entre outros. Para ajudar, faça um cronograma do dia, mostrando qual é o horário de começar e terminar as atividades.

FAÇA INTERVALOS PARA SE CONECTAR COM AS CRIANÇAS


Se possível, faça intervalos no trabalho para interagir com as crianças. Não precisam ser tempos longos, 10 minutos podem ser o bastante para eles se sentirem mais acolhidos e criar um vínculo maior. Outra estratégia interessante é fazer atividades junto com as crianças. Cozinhem juntos, almocem juntos, tomem banho juntos, conversem ao final do dia, dividam suas experiências, avaliem o que deu certo, o que deu errado e o que pode melhorar. Construam vínculos fortes não só para o dia seguinte, mas para toda vida.

NÃO ASSUMA A ATIVIDADE DO FILHO

É imprescindível que os pais auxiliem seu filho e esclareçam possíveis dúvidas na hora da execução da tarefa, mas nunca assumam a atividade para si. Essa atitude ajuda o professor a medir o grau de dificuldade e o nível de conhecimento da criança ou adolescente.

ESTIMULE O INTERESSE PELO ESTUDO

Na maioria das vezes o estudo não é visto com bons olhos, pois ocupa um tempo em que a criança poderia brincar, assistir à TV, jogar no computador, etc. Então, é recomendável que os pais estimulem seu filho a desempenhar a tarefa diariamente destacando os ganhos em aprendizagem que seu filho pode ter com essa atividade. Outro aspecto fundamental é a família também demonstrar interesse e entusiasmo pela produção da criança. Incentivar o filho a interpretar, avaliar e sintetizar a tarefa e assim trocarem ideias sobre o aprendizado.

Fontes: Revista Crescer e Revista Direcional Escolas. 

MANTENHA A CALMA

É preciso cuidar das próprias emoções para não afetar as crianças. A agitação dos pais pela ansiedade e medo é percebida pelos filhos e isso afeta a forma como todos se comportam. Assim, é necessário ser honestos com os pequenos. Contar o que está acontecendo, explicar sobre os cuidados que precisamos ter em casa. É importante destacar que não precisamos transmitir medo ou preocupação excessiva, mas deixar as crianças saberem o que está acontecendo com o mundo de forma clara. Este momento é um convite para que os filhos se sintam parte da família e possam, inclusive, propor soluções para os dilemas de casa. As crianças querem se sentir pertencentes e, quando se sentem melhor envolvidas nas questões de casa, tendem a colaborar mais.

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Por dentro da Pinacoteca e Sala São Paulo

Por dentro da Pinacoteca e Sala São Paulo

Você sabia que a Pinacoteca é o Museu de Arte mais antigo de São Paulo? E que a Sala São Paulo era na verdade uma estação da antiga Estrada de Ferro Sorocabana? Incrível, não é mesmo? Por isso, separamos aqui, algumas curiosidades sobre esses lugares fantásticos para você ficar por dentro. 

Já pensou quantas histórias, particularidades e curiosidades os prédios antigos da cidade guardam? Pois é, se eles resistiram ao tempo, tem algum motivo. Nossos alunos foram descobrir o que guardam dois desses edifícios e ficaram encantados com a Sala São Paulo e a Pinacoteca do estado. Conheça um pouco mais sobre esses dois lugares e não deixe de fazer uma visita. 

Pinacoteca

A Pinacoteca do Estado de São Paulo ocupa um edifício construído em 1900, que originalmente foi projetado para ser a sede do Liceu de Artes e Ofícios.

Após a reforma conduzida por Paulo Mendes da Rocha na década de 1990, tornou-se uma das mais dinâmicas instituições culturais do país.

A Pina, como também é conhecida, também administra o espaço denominado Estação Pinacoteca, instalado no antigo edifício do DOPS (Departamento de ordem política e social), no Bom Retiro.

A instituição tem um dos melhores e mais completos acervos do Brasil: são 11 000 obras de artistas brasileiros e estrangeiros. De tempos em tempos, as peças em exposição são trocadas. No site do museu, é possível pesquisar cada um dos trabalhos que fazem parte do acervo.

Em 1930, o edifício foi danificado por um incêndio que destruiu, em grande parte, os registros históricos do Liceu de Artes e Ofícios. Após o reparo do prédio, o governo paulista requisitou a cessão de toda a ala direita do edifício para abrigar o Grupo Escolar Prudente de Moraes, passando a ocupar dezesseis salas e duas galerias. Com a diminuição da área expositiva, a direção da pinacoteca realocou parte do acervo, transferindo diversas obras para outros edifícios governamentais

Ao lado da Pinacoteca existe o Jardim das Esculturas. Dentro do Parque da Luz, na parte mais próxima ao museu. Lá estão diversas obras expostas ao ar livre: esculturas de Amilcar de Castro, Marcelo Nietsche e Leon Ferrari.

As paredes em tijolo aparente não foram intencionais. A ideia é que elas fossem rebocadas. Com a reforma, o arquiteto achou que dava uma melhor aparência ao prédio e o manteve deste jeito.

Sala São Paulo

O forro móvel da sala é o elemento mais comentado quando se fala da excelente acústica do local. Outros elementos, no entanto, também são muito importantes, como a disposição dos balcões, a inexistência de carpetes e cortinas, o desenho das poltronas, entre outros.

Para a construção da Sala São Paulo, onde antes funcionava a antiga estrada de ferro Sorocabana, foram utilizados: 15.000 metros cúbicos de concreto, 1.000 toneladas de aço e 4.500 toneladas de areia. Em 9 de julho de 1999, foi realizada a inauguração, com a Sinfonia de número 2, Ressureição, de Mahler. Atualmente, é considerado o espaço com a melhor acústica da América Latina;

Nelson Dupré foi o arquiteto responsável pelo restauro e readequação da Sala São Paulo.

Quando o prédio foi projetado – em 1925, por Christiano Stockler das Neves – a cidade crescia em ritmo acelerado em função da economia do café e das ferrovias. Quando sua construção foi concluída, treze anos mais tarde, a presença de automóveis já começava a minimizar o uso de bondes e trens.

A Osesp – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – foi fundada em 1954 e hoje é reconhecida internacionalmente por sua excelência. Já realizou turnês pela América Latina, Europa e Brasil e desde 2008 mantém o projeto Osesp Itinerante, realizando concertos, oficinas e cursos pelo interior de São Paulo.

O salário dos 158 músicos (sendo 43 estrangeiros) da orquestra varia entre R$ 9.200,00 e R$ 19.350,00. Os dois spallas (primeiros violinos), Cláudio Cruz e Emmanuele Baldini, são os que ganham mais. O salário de Arthur Nestrovski, atual diretor artístico da Osesp, é de R$ 30.000,00.

Para visitar a Pinacoteca

Endereço: Praça da Luz, 2 – Luz, São Paulo – SP

Bilheteria: Quarta a segunda, das 10h às 17:30.

Entrada: O valor do ingresso é R$ 10,00, sendo R$ 5,00 reais a meia-entrada para estudantes com carteirinha.
Menores de 10 anos e maiores de 60 são isentos de pagamento.
Aos sábados a entrada é gratuita para todos.

Para visitar a Sala São Paulo

Endereço:
 Praça Júlio Prestes, 16 – Campos Elíseos.

Bilheteria: Segunda a sexta, das 10h às 18h; Sábados, quando houver apresentação, das 10h às 16h30 ou até o início do concerto; Domingos e feriados: quando houver apresentação, desde duas horas antes do concerto.

Entrada: valores de acordo com a programação

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Os diferentes perfis de pais e mães, de acordo com os professores

Os diferentes perfis de pais e mães, de acordo com os professores

Sim, secretamente eles traçam os tipos mais comuns. Você pode a não concordar, mas vai se identificar com algum deles.

O ESPECIAL

Seu filho é o seu mundo e não há nada mais importante do queele. Não significa, no entanto, que ele possa chegar atrasado ou não fazer a tarefa de casa. Você é aquele tipo de pai ou mãe que sempre tem bons motivos para que o filho possa descumprir alguma regra. E acha que ele nunca teve culpa pelo que aconteceu, mas só você pode julgá-lo.

O CLONE

Não é possível que esse tipo de pai e mãe seja apenas um. Ele é capaz de estar em todos os lugares antes mesmo que o filho chame por ele. E sempre o último a deixar o portão da escola na entrada e o primeiro a chegar, no horário da saida. Está presente em todas as discussões e não deixa a criança nem sequer amarrar o cadarço sozinha.

SEM FRONTEIRAS

Esse é aquele que envia mensagens pelo celular para os professores diariamente "apenas para checar" algo. E, claro, não segue o horário comercial ou do bom senso. Escreve ou até mesmo liga, inclusive à noite, e não é capaz de compreender que está passando dos limites e que o assunto, de fato, poderia esperar até a manhã seguinte para ser resolvido.

O DRAMALHÃO

Basta um incidente escolar, muitas vezes, sem que o filho dele faça parte, para que esse pai ou mãe repita a história para todos na escola sem parar. Enquanto aquilo não virar um drama e todos estiverem ao seu lado, ele não vira o disco.

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O FANTASMA

O nome dele até consta no documento da criança, mas ele nunca apareceu. A lista de prioridades desse pai ou mãe deve estar invertida, já que participar da educação do filho não está nas primeiras posições

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SUPERPROTETOR

Esse tipo de pai ou mãe sempre diz que o filho dele é diferente em casa. Não apronta, não briga, não faz nada de errado e que esse comportamento não é culpa dele e, sim, das outras crianças,- que o provocam, claro.

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Robótica Educacional

ROBÓTICA EDUCACIONAL

Revoluciona a Educação na forma de aprender. Explorar, Criar e Compartilhar!

A robótica como forma de auxílio na educação é um dos grandes debates abertos no Brasil. Em países de primeiro mundo esse assunto já foi superado, pois a maioria da população já tem acesso a recursos como computador, internet e programas educativos na escola e até na própria residência. Por outro lado, a realidade brasileira aponta para o uso intenso de soluções livres, abrindo assim um campo interessante para disseminação de recursos tecnológicos a baixo custo para governos e entidades.

O Brasil tem procurado caminhos para prover ao cidadão em fase escolar melhores condições de competitividade no mundo globalizado. O conceito de analfabeto, atualmente, inclui o analfabetismo tecnológico, que ocorre quando a pessoa não tem acesso e/ou não domina os recursos em voga nessa Era da Informação. É correto afirmar que, ao mesmo tempo em que gera oportunidades, a tecnologia pode expelir um cidadão de sua carreira profissional ou pode não permitir a ascensão social através da carreira almejada durante a fase escolar. Por isso, diferentes esferas de governo procuram meios de oportunizar acesso à internet e ao computador valendo-se da expansão e implantação de laboratórios nas escolas. Também a expansão nos lares brasileiros começa a ter incentivos, como por exemplo a isenção de impostos na produção de computadores “populares”.

Iniciativas como essa são louváveis, mas não completam a formação de um cidadão plenamente consciente do uso da tecnologia na resolução de problemas cotidianos. Atualmente, o computador é usado como ferramenta de captação de informações, ou seja, uma biblioteca mais fácil, rápida e atrativa que bibliotecas tradicionais. Entretanto, aliar o computador a programas específicos para o ensino e dotar os laboratórios de estrutura de ponta, como a robótica, é um salto de qualidade evidente.

Conceituação

Em sala de aula são transformadas em ideias que estimulam o aluno a sempre querer aprender mais, instiga a voracidade em absorver novos conhecimentos e tecnologias. A robótica educacional procura auxiliar o aluno na construção do aprendizado adquirido em sala de aula assim o aluno aprende a pesquisar novos conhecimentos e sempre se atualizar, principalmente aprender para no futuro estar pronto para entrar no campo de trabalho.

Metodologia utilizada

A ideia principal é propor ao aluno o projeto e construção de um experimento investigatório e exploratório. Em feiras de ciências escolares nota-se a constante repetição de experimentos tradicionais, frutos de conhecimentos já solidificados em professores com o passar dos anos. A robótica educacional não se insere nesse modelo de repetições, pois demanda a participação do grupo de alunos na concepção e modelagem do problema e da solução. O resultado esperado é um projeto em forma de maquete que demonstre os conceitos discutidos e aprendidos em sala de aula e no cotidiano do grupo.
A robótica educacional é um meio moderno e eficiente de aplicar a teoria piagetiana em sala de aula. O aluno é levado a pensar na essência do problema, assimilando-o para, posteriormente, acomodá-lo em sua perspectiva de conhecimento. Todo o processo de construção de um experimento robótico leva à equilibração abordada por Piaget. O professor também deixa de ser o único e exclusivo provedor de informações para tornar-se o parceiro no processo de aprendizagem.
À primeira análise, robótica educacional parece somente cobrir os aspectos tecnológicos da escola. Uma reflexão mais profunda mostra que o estabelecimento de relações humanas do aluno com seus colegas e professores é estimulado com o trabalho em grupo. Diferentemente da experiência, muitas vezes solitária, de navegar na internet ou utilizar aplicativos diversos, a robótica demanda forte integração entre as pessoas presentes em uma sala de aula porque cobre vários campos do conhecimento humano.

A robótica educacional na sala de aula.

A robótica educacional visa levar o aluno a questionar, pensar e procurar soluções, a sair da teoria para a prática usando ensinamentos obtidos em sala de aula, na vivência cotidiana, nos relacionamentos, nos conceitos e valores. Possibilita que a criança, como ser humano concebido capaz de interagir com a realidade, desenvolva capacidade para formular e equacionar problemas. Nesse ponto, a robótica educacional mais uma vez segue Piaget, para quem o objetivo da educação intelectual não é saber repetir verdades acabadas, mas aprender por si próprio. Na teoria construtivista, o conhecimento é entendido como ação do sujeito com a realidade. Em ambientes de robótica educacional os alunos constroem sistemas compostos por modelos e programas que os controlam para que eles funcionem de uma determinada forma.

Há forte necessidade de interação com o grupo. Não é impossível, mas um trabalho de robótica educacional levado a cabo apenas por um aluno terá grande chance de insucesso, portanto a colaboração é indispensável. O grupo deve pensar em um problema e chegar à solução usando conceitos básicos de engenharia, componentes eletrônicos e programação de computadores. A robótica educacional vale-se de um sistema de exploração do conhecimento tradicional, pois sugere que o grupo conceba um projeto, levante hipóteses e faça levantamento de campo, bibliográfico e experimental, para depois confirmar ou refutar as hipóteses através da construção de um dispositivo robótico. Que também pode ser usado para outras profissões como medicina.

 

Objetivo
O principal objetivo da robótica educacional é promover estudo de conceitos multidisciplinares, como física, matemática, geografia, raciocínio lógico entre outros. Há variações no modo de aplicação e interação entre os alunos, estimulando a criatividade e a inteligência e promovendo a interdisciplinaridade. Usando ferramentas adequadas para realização de projetos, é possível explorar alguns aspectos de pesquisa, construção e automação.

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Música na escola

Homem e Música andam juntos desde os primórdios, a música está presente em todas as culturas e pode ser utilizada como fator determinante nos desenvolvimentos motor, lingüístico e afetivo de todos os indivíduos.  “O homem em qualquer época de sua existência, em qualquer cultura de nossa civilização fez e faz música”

Podemos observar a interação entre a música e o homem nas mais diversas funções: nas cerimônias religiosas, nos rituais profanos, no teatro, na televisão, em todo tipo de entretenimento, nos sentimentos patrióticos e nos momentos fúnebres

A música pode nos remeter a lembranças, sabores, olfatos e imagens; pois ela pertence, em grande parte, ao mundo dos sonhos.   A Música é parte do cotidiano infantil, em todas as atividades ela se faz presente dando suporte para a aprendizagem, ensinando valores morais e éticos entre outras inúmeras funções relacionadas com a mesma, tendo em vista as rotinas desenvolvidas nas escolas e outras instituições que atendam crianças.

O trabalho com a música deve considerar, portanto, que ela é um meio de expressão e forma de conhecimento acessível aos bebês e crianças inclusive aquelas que apresentam necessidades especiais. A linguagem musical é excelente meio para o desenvolvimento da expressão, do equilíbrio, da autoestima e autoconhecimento, além de poderoso meio de integração social .

        Por meio da música é possível trabalhar todos os eixos da educação, além de ser lúdico e prazeroso para as crianças se expressarem através das canções, das cantigas de roda, das danças, etc. O educar e o cuidar que norteiam as relações diárias entre as crianças e os educadores nas instituições de educação, torna-se mais fácil por meio da musicalidade, pois sabemos que, a música aproxima gerações, estreita as relações interpessoais e abre um leque de oportunidades para o desenvolvimento da cognição e ajuda na aquisição e aprimoramento do conhecimento. Este trabalho está fundamentado na concepção histórico-cultural na qual se entende o homem como sujeito histórico e social que aprende com as relações interpessoais.

Infância e educação infantil ou até mesmo na adolescência carregam história, idéias, representações, valores, modificam-se ao longo dos tempos e expressam aquilo que a sociedade entende em determinado momento histórico por criança, infância, educação, política de infância e instituição de Educação Infantil.
Uma das visões da Educação Infantil, dentro das instituições é o olhar voltado para a dupla função a ser desenvolvida: cuidar/educar. Estas funções da educação infantil – cuidar/educar – estão definidas nos documentos da atual política educacional brasileira, embora nas nossas práticas seja ainda um conceito em construção.

Desenvolver o aprendizado infantil através da musicalidade

    O estudo foi constituído por uma pesquisa bibliográfica em várias fontes cientificas. Pesquisar sobre a temática da musicalidade como instrumento didático no aprendizado das crianças é de suma importância, pois a mesma desenvolve tanto a mente quanto o corpo, parte motora e coordenativa do aluno, assim, os alunos dão um salto qualitativo na aprendizagem, pois se aprende de forma lúdica, através de músicas, danças, jogos e brincadeiras.
Os Eixos Temáticos a serem trabalhados pelo professor são: Natureza e Sociedade, Linguagem Oral e Escrita, Matemática, Movimento. Incluir-se em  Arte e Educação Física .
As atividades de musicalização permitem que a criança conheça melhor a si mesma, desenvolvendo sua noção de esquema corporal, e também permitem a comunicação com o outro. Weigel (1988) e Barreto (2000) apud Garcia; Santos (2012), afirmam que atividades podem contribuir de maneira indelével como reforço no desenvolvimento cognitivo/ linguístico, psicomotor e sócio-afetivo da criança, da seguinte forma:

  • Desenvolvimento cognitivo/ linguístico: a fonte de conhecimento da criança são as situações que ela tem oportunidade de experimentar em seu dia a dia. Nesse sentido, as experiências rítmico musicais que permitem uma participação ativa favorecem o desenvolvimento dos sentidos das crianças. Ao trabalhar com os sons ela desenvolve sua acuidade auditiva; ao acompanhar gestos ou dançar ela está trabalhando a coordenação motora e a atenção; ao cantar ou imitar sons ela esta descobrindo suas capacidades e estabelecendo relações com o ambiente em que vive.
  • Desenvolvimento psicomotor: as atividades musicais oferecem inúmeras oportunidades para que a criança aprimore sua habilidade motora, aprenda a controlar seus músculos e mova-se com desenvoltura. O ritmo tem um papel importante na formação e equilíbrio do sistema nervoso. Isto porque toda expressão musical ativa age sobre a mente, favorecendo a descarga emocional, a reação motora e aliviando as tensões. Atividades como cantar fazendo gestos, dançar, bater palmas, pés, são experiências importantes para a criança, pois elas permitem que se desenvolva o senso rítmico, a coordenação motora, fatores importantes também para o processo de aquisição da leitura e da escrita.
  • Desenvolvimento sócio-afetivo: a criança aos poucos vai formando sua identidade, percebendo-se diferente dos outros e ao mesmo tempo buscando integrar-se com os outros. Através do desenvolvimento da autoestima ela aprende a se aceitar como é, com suas capacidades e limitações. As atividades musicais coletivas favorecem o desenvolvimento da socialização, estimulando a compreensão, a participação e a cooperação. Dessa forma a criança vai desenvolvendo o conceito de grupo. Além disso, ao expressar-se musicalmente em atividades que lhe dêem prazer, ela demonstra seus sentimentos, libera suas emoções, desenvolvendo um sentimento de segurança e auto-realização.

Ressaltamos que os jogos musicais podem ser de três tipos, correspondentes às fases do desenvolvimento:

Sensório-motor: São atividades que relacionam o som e o gesto. A criança pode fazer gestos para produzir sons e expressar-se corporalmente para representar o que ouve ou canta.

Simbólico: Aqui se busca representar o significado da música, o sentimento, a expressão. O som tem função de ilustração, de sonoplastia.

Analítico ou de regras: São jogos que envolvem a estrutura da música, onde são necessárias a socialização e organização. Ela precisa escutar a si mesma e aos outros, esperando sua vez de cantar ou tocar.

O presente estudo tem a incumbência de valorizar a cultura, o respeito social, enfatizando a sustentabilidade, valores e regras de convivências, desenvolver o interesse pela música e proporcionar os vínculos afetivos das crianças entre si e com o educador.

A musicalização é um processo de construção do conhecimento, que tem como objetivo despertar e desenvolver o gosto musical, favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, senso rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, atenção, autodisciplina, do respeito ao próximo, da socialização e afetividade, também contribuindo para uma efetiva consciência corporal e de movimentação.

A música no contexto da Educação vem, ao longo de sua história, atendendo a vários objetivos. Tem sido em muitos casos, suporte para atender a vários propósitos, como a formação de hábitos, atitudes e comportamentos, a realização de comemorações relativas ao calendário de eventos do ano letivo, a memorização de conteúdos, todos traduzidos em canções. Essas canções costumam ser acompanhadas por gestos corporais, imitados pelas crianças de forma mecânica e estereotipada.A música possui vários significados e representações no cotidiano das pessoas e se utilizada de forma adequada pode ser um agente facilitador em diversos contextos que envolvam o raciocínio e a aprendizagem. Sabe-se que a música tem um papel relevante na educação infantil. Pois o envolvimento da criança com o universo sonoro começa ainda antes do nascimento.

Através da música o educador tem uma forma privilegiada de alcançar seus objetivos, podendo explorar e desenvolver características no aluno. O individuo com a educação musical cresce emocionalmente, afetivamente e cognitivamente, desenvolve coordenação motora, acuidade visual e auditiva, bem como memória e atenção, e ainda criatividade e capacidade de comunicaçã
Não só um instrumento de alfabetização, a música é um excelente instrumento de cidadania, e projetos que envolvem músicas, integração social e esporte, especialmente com crianças e adolescentes carentes ou de rua, espalham-se pelo país e são cada vez mais populares pela sua eficácia.
Os recursos pedagógicos são elementos práticos para operacionalizar o ensino. Podemos citar os recursos naturais, audiovisuais, visuais, auditivos e estruturais como componentes auxiliadores do momento de ensino/aprendizagem. A música é um recurso auditivo, que pode contribuir com a proposta de ensino do professor, de maneira interativa às disciplinas.

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Os 30 melhores livros infantis do ano – 2019

Os 30 melhores livros infantis do ano

Os títulos mais bacanas lançados durante o ano de 2018 para as crianças. Quarenta e dois jurados ajudaram a escolher os melhores e um júri popular também elegeu um deles – para não faltar nenhuma boa indicação!

De que forma você vai se lembrar de 2018? Digamos que não foi um ano fácil para o Brasil nem para o mundo… Xenofobia, fake news, ataques ao feminismo e à diversidaderacismoaquecimento global, brigas virtuais e separações reais até entre os familiares. De certo modo, todas essas questões tomaram conta do inconsciente coletivo e acabaram influenciando nossos comportamentos – e o dos autores de livros.
Evidentemente, a maioria das obras lançadas em 2018 não foi produzida neste ano. Algumas já vinham sendo amadurecidas há tempos e outras foram publicadas fora do país em outras datas. Mas é curioso observar como a literatura reflete as tendências de nosso tempo, e como ela é um poderoso instrumento de conscientização e educação.
Na 14ª edição da lista dos 30 Melhores Livros Infantis do Ano da CRESCER, essa leitura fica bastante clara. Dos livros mais citados e recomendados por 42 jurados, há um recado urgente de que o mundo precisa de mais amor, empatia, cuidado com o planeta, respeito ao outro, beleza e valorização das coisas simples. Em tempos sombrios, é natural que os artistas tenham se recolhido em seus próprios corações e resgatado lá da infância, e dos seus sentimentos, o colorido da vida e um sentido para nossas causas e lutas.
Aqui, você confere como esses temas apareceram nessa seleção, que levou em conta a importância do tema, a criatividade, a inovação, a qualidade do texto, da ilustração e do projeto gráfico. E ainda percebe uma homenagem ao próprio livro, instrumento que nos fornece informação e nos leva a voos altos pela imaginação.

Mais do que nunca, essa é uma lista que traz valores necessários para criarmos cidadãos comprometidos com os direitos humanos e o meio ambiente, que possam fazer com que os próximos anos sejam lembrados pelo afeto, a consciência e o respeito.

E como o Colégio Educar preza todos esses valores, os nossos alunos do infantil III trabalharam esse bimestre com um dos livros da lista, o título Casa de passarinho.
Um trabalho gratificante que você pode conferir um pouquinho de como foi.

Casa de passarinho
Toda casa tem sala, quarto e cozinha, certo? Por que a do joão-de-barro não teria? O olhar curioso de duas crianças no texto de Ana Rosa Costa, imaginando como é a vida dentro da casinha, e as ilustrações de Odilon Moraes, que humanizam os passarinhos vestindo-os inclusive de terno e vestido, fazem desta uma publicação que brinca com fantasia e realidade. Será que as aves seriam casadas? E o que comem à mesa? Quando cai um graveto será faxina? Jogam dominó em seu tempo livre? Toda criança que já se perguntou como era a vida desse passarinho da porta para dentro vai se sentir um pouco protagonista.

Confira como foi essa experiência!

Confira os demais títulos da lista, a seguir:

Os convidados de senhora Olga
A barata de Franz Kafka, o coelho da história de Alice, a sereia de Hans Christian Andersen, os mosqueteiros de Alexandre Dumas, o barão de Ítalo Calvino, a baleia Moby Dick, Dorian Gray e seu retrato, o Homem de Lata, Pinóquio… A senhora Olga nunca estava sozinha em seus jantares. Cega e morando no alto da colina, toda noite ela recebia um convidado especial que relatava suas aventuras. Na realidade, sua convidada era a neta Nina, que diariamente ia à biblioteca guardar os detalhes de uma história para carregar colina acima.

A menina dos livros
Parece um monte de palavrinhas que servem apenas para compor a ilustração. Mas, olhando bem de perto, você descobre os nomes de livros clássicos que merecem ser conhecidos: As Viagens de Gulliver (Jonathan Swift), O Pequeno Polegar (Charles Perrault), Pluft, o Fantasminha (Ana Maria Machado), Alice no País das Maravilhas (Lewis Carroll), entre outros. É por meio deles que a menina dessa história vai cruzar um mar de palavras, escalar montanhas de faz de conta e prestar uma homenagem a esse objeto que nos leva a lugares desconhecidos.

Este livro está te chamando (não ouve?)
Os livros falam com a gente? Eles têm vozes? Este, da portuguesa Isabel Minhós Martins, chama o leitor a participar e a interagir com o papel. Mais que uma leitura, o livro aqui é um objeto para explorar, sentir cheiros, atravessar florestas com os dedos, ouvir barulhos, tocar nas gotas de chuva até virar uma tempestade. Ao transformar o papel em uma brincadeira interativa, sem precisar de uma tela brilhante para isso, Isabel segue os passos do francês Hervé Tullet, referência no assunto.

Um livro pra gente morar
Um livro pode ser uma casa, onde a gente queira entrar e se demorar, descobrindo palavras, rimas, desenhos. Esta seleção de poemas é assim: um lugar para abrir uma página e se sentir acolhido. Cada poema, de variados autores e épocas – entre eles, Paulo Leminski, Ricardo Azevedo, Ferreira Gullar e Sylvia Orthof –, aborda um conceito sobre o lar. Entre, a casa é sua! E descanse do mundo, como diz Roseana Murray em uma das poesias.

Aqui estamos nós
Quando Harland nasceu, o premiado autor de livros infantis Oliver Jeffers sentiu necessidade de explicar ao filho o mundo onde acabara de chegar. Dia, noite, tempo, gente, corpo, animais, terra, água, o menino obviamente lançaria um primeiro olhar para tudo isso, e o pai queria ajudar nesse processo. Assim, o autor parte do sistema solar para uma viagem cada vez mais próxima à realidade do bebê, situando o filho como habitante de um lugar chamado Terra e dono de algo chamado corpo. Ativista contra o aquecimento global, a xenofobia e as armas, Jeffers aproveita para passar os conceitos que julga mais importantes: cuidar do nosso planeta e de si próprio e respeitar as diferenças, sendo generoso com o próximo. Uma obra que também nos coloca em nosso lugar…

Se os tubarões fossem homens
Tubarões são predadores marinhos, a gente sabe. Mas, se fossem homens, provoca o dramaturgo Bertold Brecht (1898-1956), seriam mais “humanos”? Primeiro, conta, os tubarões construiriam gaiolas para os peixinhos, para que não morressem antes do tempo. Na escola, os peixes aprenderiam, em geografia, a localizar o caminho da boca dos tubarões e, em educação moral, a obedecer, se sacrificar com alegria e se afastar do comunismo – afinal, também descobririam que há diferenças de classes entre eles. E, embora todos os peixes sejam mudos, entenderiam que são “calados em línguas diferentes”, portanto, inimigos. Por fim, a religião revelaria que a vida só começa na barriga dos tubarões. Parece ter sido escrito para os dias atuais, não?

Os direfentes
Um dia a menina acordou e descobriu que o mundo andava diferente. Havia muitas pessoas estranhas, como as que saíam do salão de beleza com um aquário no cabelo, as que passeavam no parque presas à coleira e as que dirigiam para casa enquanto passarinhos bebiam água de suas bocas. Todas viviam como se não vissem nada disso. Preocupada, a menina pergunta à mãe se era diferente assim e ela garante que não. Será? Neste livro, que instiga a pensar nas diferenças e em como enxergamos o mundo, crianças e adultos refletem e se divertem com as ilustrações surrealistas.

Donana e Titonho
Nana e Tonho se conheceram jovens, catando quinquilharias na rua para viver. Casaram, tiveram sete filhos e passaram uma vida guardando o que, para os outros, não tinha serventia. Viraram Donana e Titonho. Na casa deles, pilhas de trecos, papéis, botões, garrafas vazias – “décadas de história, memórias encardidas”, “sentimentos em conserva”, “raivas enlatadas”. Porém, um dia, a enxurrada leva embora a casa e o casal. Um texto poético de Ninfa Parreiras que trata de um assunto marginalizado, que é o sofrimento de catadores de material reciclável, e que dá um recado urgente: a enorme quantidade de lixo que descartamos pode, um dia, descartar a gente. Tudo com as tintas sensíveis de André Neves.

Amoras
“As pretinhas são o melhor que há.” No livro Amoras, o rapper Emicida está falando das frutas que dão nome ao livro. Mas também está falando de orgulho racial, de representatividade, de autoestima, de imaginação, de tolerância religiosa. No primeiro livro infantil do rapper, baseado na música do álbum Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa, Emicida reproduz uma conversa que teve com a filha Estela, 7 anos – ele é pai também de Tereza, 1 – na casa de sua mãe.

O espaço
Quantos significados a palavra espaço pode ter? Do espaço sideral a um período de tempo, do vazio na boca quando perdemos um dente ao próprio lugar que ocupamos. É assim, numa viagem por espaços diferentes, que Blandina Franco e Lollo fazem pensar no mundo de coisas que cabem em cada espaço e em nosso tamanho. Eles partem do universo, passam pelas galáxias, o sistema solar, a Terra, o país, a cidade, a casa, o quarto, a janelinha na boca do Zé Luís até acabar dentro de outra imensidão: nosso espaço interno.

Enreduana
O primeiro escritor do mundo, quem diria, foi uma escritora. Enreduana era uma sacerdotisa, poetisa e filósofa que viveu em 2.300 a.C. na Mesopotâmia e é dela o mais antigo registro de um poema, quando não havia papel e o texto era registrado em placas de argila. Filha do rei Sargão, metida em política e apaixonada pela deusa Inana – que os autores tratam lindamente como sua esposa, uma ousadia para tempos tão sombrios –, ela foi expulsa de Ur pelo irmão, mas acabou retornando. Porém, quase ninguém hoje conhece essa história. Para tirá-la do apagamento das areias do deserto, nada melhor que contá-la com a sensibilidade do menor grão de areia do mundo, que presenciou sua trajetória até virar argila em uma de suas tábuas. Um poético recurso para trazer à luz essa grande mulher, sem cair no didatismo.

Apesar de tudo
Um livro sobre amor, amizade e as lutas que valem a pena. É assim esta obra do colombiano Dipacho, que pode estar falando apenas da complicada arte de se relacionar, mas que também dialoga com o atual momento de ódio virtual. É preciso coragem, paciência, perseverança e resistência para vencer as dificuldades e lutar pelo que amamos e acreditamos. Pois, apesar de tudo, o mais importante é estar juntos, seja você um pinguim ou não. Esteja você lutando por um relacionamento ou contra o aquecimento global – que Dipacho aborda de forma subliminar ao inserir um sol amarelo que cresce, até o gelo em que estão os pinguins começar a rachar.

Manu e Mila
Onde se encontra a alegria? É com essa pergunta de Manu a Mila que o autor André Neves traz, com a habitual sensibilidade, o delicado conceito de felicidade. Quanto precisamos procurar ou caminhar para encontrá-la? Mila acredita que ela pode estar mais próxima do que pensamos, em nosso jardim, em um pingo d’água, numa semente. Manu, ao contrário, crê que ela é muito difícil de atingir, deve estar boiando no oceano. Decidem procurá-la. Em pouco tempo, já estão brincando e dançando e, sem perceber, a alegria já tomou conta delas.

Se eu fosse um grande gigante
A grandeza do pequeno. Este é um livro que convida a refletir exatamente sobre esses conceitos de valor e o quanto podemos fazer ao nosso redor, independentemente de nossos tamanhos. Ser um gigante ou ter mais do que se tem não é exatamente uma promoção. É isso o que descobre o menino ao se deparar com as formigas e se imaginar enorme. Se ele fosse grande de verdade, o que faria? Trocaria as nuvens de lugar, abraçaria as montanhas solitárias, salvaria os barcos perdidos na neblina. Mas talvez fosse bem chato ser o único gigante do mundo…

Nunca acontece nada na minha rua
Luís Rodolfo é um desses adolescentes que sonham com uma vida extraordinária, recheada de grandes aventuras. Sentado à beira da calçada, ele reclama que nunca acontece nada em sua rua. O mau humor é tanto que não o deixa perceber tudo o que ocorre de incomum à sua volta, marcado em colorido neste livro que tem incêndio, bruxa, ladrão e até chuva de dinheiro e, claro, um garoto que não consegue enxergar ao seu redor as ações surpreendentes da vida. A felicidade está mais perto do que a gente pensa.

O gigante mais elegante da cidade
Jorge era um gigante muito desarrumado que decidiu ficar elegante. Comprou roupas novas e saiu pelas ruas a desfilar. O problema é que Jorge era o gigante com o maior coração da cidade. Ao ver a girafa com frio, deu sua gravata. Ao perceber que faltava uma vela para o barco do bode, deu sua camisa. Ao notar que a casa dos ratos havia pegado fogo, deu seu sapato. E, assim, peça por peça, ele foi se despindo, até não restar nada. Mas ele estava satisfeito de ter ajudado os amigos, mesmo que tivesse de voltar a usar sua camisola surrada. As crianças vão descobrir o valor de ser amável – e se divertirão ao repetir muitas vezes a canção cumulativa de Jorge.

Vazio
Um vazio pode surgir por uma perda, ser descoberto durante nosso processo de amadurecimento e de consciência do mundo ou aparecer sem motivo aparente. Fato é que cada um de nós carrega esse buraco na alma. O que difere é a maneira de lidar com os monstros que dali podem sair. Alguns tentam amenizar a angústia com comida, bebida, televisão, redes sociais. Outros creem que o outro é que pode aplacar nossa tristeza. Nessa busca incessante pela felicidade e pela completude, esquecemos de olhar para a beleza e a riqueza criativa que cada um carrega em seu interior. Descubra como essa sensação incômoda pode ser transformadora nesse livro de sensibilidade ímpar.

Olavo
Que cor tem a tristeza? Para Odilon Moraes, no livro que conta a história de Olavo, ela é marrom. O menino triste, porém, um dia se depara com uma surpresa: um presente à sua porta. Será que alguém se lembrou dele? Esse acontecimento é suficiente para tingir de azul de esperança e alegria a vida de Olavo, ainda que o marrom insista em permanecer quando o garoto não se acha merecedor daquela felicidade. Esta obra é para quem acredita que há esperança, ou que flores possam um dia ainda cobrir desertos.

Lulu e o urso
Era só uma caixa com objetos antigos da mãe: o urso de pelúcia, o casaco do vovô, um botão, uma flor, um par de óculos… E uma menina curiosa, perguntando sobre cada recordação. A mãe vai respondendo sem prestar muita atenção e, quando pede para não ser mais interrompida, a menina já havia se dado por satisfeita. Naquela realidade de páginas em azul e branco, cada um daqueles itens ganhou novo colorido na imaginação da criança e ela agora teria com quem brincar. Mais um primoroso trabalho de Carolina Moreyra e Odilon Moraes, que já ganharam o prêmio Jabuti por Lá e Aqui.

O monstro das cores
Qual é a cor da felicidade? Da tristeza? Da raiva? E quando tudo isso aparece misturado, como fica esse colorido e esse sentimento? Quando as emoções chegam todas embaralhadas, torna-se difícil entender o que está acontecendo. É preciso separá-las. Neste livro, Anna Llenas sugere que cada cor-sensação tenha seu próprio pote: o amarelo da alegria contagiante do sol, o azul da tristeza doce dos dias chuvosos, o vermelho da raiva que queima como fogo… Assim, a autora vai ensinando a nomear e expressar cada sentimento. Perfeito para tentar em casa!

Meu pai, o grande pirata
A infância é um lugar colorido pela imaginação. Nesta obra de Davide Cali, narrado em primeira pessoa por um menino, descobrimos que seu pai é um grande pirata que o visita uma vez ao ano. Ele lhe conta histórias de tesouros e aventuras e o garoto cresce com as cores dessa fantasia. Um dia, chega a notícia de que seu pai sofreu um acidente e as páginas vão perdendo seu colorido. O pai está vivo, mas de certa forma morreu: não era pirata, e sim mineiro. E assim morre também um menino, que perde sua inocência com a verdade. Mas, anos depois, ele descobrirá que, de certo modo, a tripulação sempre existiu e que, às vezes, precisamos pintar a realidade com tintas vivas de fantasia.

Chão de peixes
A autora Lúcia Hiratsuka busca na memória as cores e os elementos de sua infância para tingir este livro com as tintas e o traço delicado do sumiê, técnica de aquarela japonesa. Uma infância simples no interior paulista, com quintal, pé de fruta, galinhas, carpas, grilos, vaga-lumes, coelhos, retratada com muito sentimento nos versos inspirados em haicais. A beleza está ao nosso redor, nos elementos mais simples e na imaginação da criança, ensina essa obra.

A avó amarela
Sabia que saudade tem cor? A de Júlia Medeiros, autora dessa história, é amarela. É com esse tom que sua avó Esmeralda estava vestida em uma foto, já que a outra, Beatriz, usava azul no retrato. É baseada nas suas recordações que a escritora nos transporta para um Brasil do interior: de encomendar o galo vivo na feira para virar o almoço de domingo, de acordar antes de o sol sair, de ir à missa, da dentadura que repousa ao lado da cama, de juntar a família ao redor da mesa e do afeto em forma de comida. Mais que isso, nos transporta às nossas próprias lembranças, de uma infância muito diferente da dos nossos filhos. As crianças certamente vão ficar curiosas e querer saber das suas memórias depois dessa leitura!

Só de brincadeira
São 25 poemas ou 25 brincadeiras e brinquedos – como preferir, pois o livro é uma bem-sucedida junção dos dois. Nessa compilação de poesias sobre o brincar, Leo Cunha faz um convite para as crianças conhecerem brincadeiras como amarelinha, pula-carniça, bambolê, cata-vento, dominó e vaca amarela, e ao mesmo tempo provoca saudades nos pais. O importante, nesta obra, é se divertir e se deliciar com os poemas e as lindas ilustrações de Anna Cunha.

A fabulosa máquina de amigos
Pipoca era uma galinha muito simpática e prestativa, sempre tinha um elogio a fazer. Mas, nesse cenário rural e inocente, uma trama muito atual e cheia de ironia está por acontecer. Um dia, ela encontra uma tela brilhante, que recebia mensagens. Ficou deslumbrada com a máquina de amigos e começou a passar dias e noites teclando – deixou seus amigos de lado, não desgrudava do celular e quase foi atropelada por não tirar os olhos do aparelho. Até fazer uma festa para conhecer novos amigos e descobrir que o mundo virtual pode ser uma cilada. Sorte que ela tinha amigos de verdade por perto!

Aqui, bem perto
No começo, você jura que o urso é um amigo imaginário que passa os melhores momentos ao lado do menino protagonista: eles brincam de monstro e pirata, fazem guerra de travesseiros, veem TV comendo pipoca, dividem o biscoito, chutam poças d’água. Estão sempre assim, bem próximos um do outro. Certo dia, o urso cresce, vai embora e fica apenas a saudade, implacável. E, sem perceber, outro urso vai surgindo no meio dessa história. Mas, agora, a protagonista é a irmã mais nova… Quem tem um urso na vida vai entender o quanto é boa essa companhia!

Parabéns para você!
Este é um livro sonoro, mas não como os pais estão acostumados nos exemplares para bebês. É muito melhor do que a pura reprodução de sons de animais! A cada dupla de páginas, basta encostar o dedo no sensor que está em uma nota musical e um instrumento diferente é tocado: a flauta da ursa, o violão do texugo, o violino da gata, o piano do alce. Cada um executa uma parte da música de parabéns. Na última página, você descobre que todos se reuniram para a festa de aniversário da lontrinha e a canção, então, é tocada com todos os instrumentos – e uma vela se acende. Tem ilustrações lindas e os bebês ficam encantados.

Se eu abrir esta porta agora…
O que acontece quando ultrapassamos os limites impostos? Nesta obra de Alexandre Rampazo, que é em formato sanfonado, há dois modos de encarar a situação: com medo ou otimismo. De um lado da sanfona, cada vez que a porta se abre, um ser terrível aparece. Drácula, lobo, bruxa, saci, King Kong, todos eles representam o medo de transpor o limite do armário. Lá dentro, no fim, só vemos roupas e objetos pessoais, que fazem referência aos monstros citados. Do outro lado, cada vez que a porta se abre, um menino aparece em situações muito convidativas de brincadeira e diversão. Sabe aquela história do copo meio cheio, meio vazio? De que lado vocês vão querer ficar?

Bichos da noite
Quando a escuridão chega, traz mistérios consigo. O que acontece com a casa ao se apagarem as luzes? Para as crianças, tudo pode mudar: abrem-se abismos, cavernas, passagens secretas e saem os bichos. A cobra, a aranha, a libélula, a lagartixa e todos os seres imaginários agem na calada da noite. E, quando o medo parece dominar esse cenário, o conforto de ter os pais por perto faz o coração desacelerar nesta que é a primeira obra infantil de Mariana Ianelli. O livro traz uma interessante leitura visual de Odilon Moraes, que brinca entre o real e a imaginação da criança.

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O Palco e a Vida

O palco e a vida

A Importância do teatro para a formação de crianças e adolescentes

Desde a Antiguidade, o teatro, do latim theatrón (lugar de contemplar), é valorizado por diversos povos, seja para a prática de rituais religiosos como para o lazer e cultura.
O valor cultural do teatro é inegável, por complementar a formação cultural, além de incentivar a busca pelo conhecimento e a reflexão. Tais características fazem do teatro uma ferramenta fundamental para a educação e desenvolvimento de crianças e adolescentes, por trabalhar com a ludicidade, que é tão significativa para este público.
As peças teatrais representadas pelos alunos proporcionam momentos de aprendizado de valor inestimável, por ensinar diferentes temáticas de maneira lúdica e divertida.
Pensando na heterogeneidade presente nas escolas, que refletem a própria sociedade, o teatro consegue atender a todos os públicos, valorizando a diversidade e diversas culturas existentes.
O trabalho em equipe necessário à realização de uma peça teatral favorece o desenvolvimento pessoal e cultural dos alunos, levando-os a entender as próprias emoções e sentimentos, bem como dos outros, melhorando a expressividade (oral e escrita), na diminuição da timidez, estimulando a criatividade e, principalmente, a aceitação e convívio com as diferenças.

O preparo para a vida tem sido o maior objetivo das escolas que buscam uma educação de qualidade e o teatro contribui muito para a concretização deste ideal.
Crianças, adolescentes e jovens da atualidade nasceram sob a influência das novas tecnologias, que são muito atraentes e com recursos interessantes, porém o grande período de tempo que gastam sentados em frente a celulares e computadores tem afetado seu desenvolvimento.
Cada vez mais, os jovens têm se isolado, não participando do convívio social, além das complicações decorrentes da vida sedentária.
Também nestes aspectos o teatro pode ajudar, ao proporcionar momentos de contato pessoal, ampliar o conhecimento de mundo, aprender a falar e a ouvir o outro, compreender e refletir sobre pensamentos e realidades diferentes da sua.
O teatro favorece a atividade física, a partir da consciência e expressão corporal, que são fundamentais para a formação equilibrada do indivíduo. Afinal, o homem é um ser social e dinâmico, o que significa que não pode ficar isolado e sem se movimentar, porque isto faz parte de sua constituição física e emocional.
Por fim, o teatro desperta a criatividade e a liberdade de expressão, sendo uma arte que reflete a vida, ambas se misturando no espetáculo teatral.

Teatro na escola tem uma importância fundamental na educação, podendo colaborar para que a criança tenha oportunidade de atuar efetivamente no mundo, opinando, criticando e sugerindo e, também permite ajudar o aluno a desenvolver alguns aspectos: criatividade, coordenação, memorização,  vocabulário.
A escola que insere o teatro em suas atividades faz com que seus alunos construam um crescimento cultural que vai além da sala de aula, por meio do discurso espontâneo da linguagem teatral, motivando e despertando uma aprendizagem prazerosa, construindo o desejo de se aprender. O teatro, quando devidamente estruturado e acompanhado, ajuda o professor a perceber traços da personalidade do aluno, do seu comportamento individual e em grupo, traços do seu desenvolvimento, permitindo um melhor direcionamento para a aplicação do seu trabalho pedagógico. No entanto é de enorme importância que o professor de teatro tenha formação não só pedagógica mas também artística, pois um mau direcionamento poderá levar a problemas futuros irreversíveis no desenvolvimento da criança. Para que o docente apresente aos educandos um conhecimento real e reflexivo, é essencial que seja levado em conta todo o contexto sócio cultural e econômico, partindo das experiências do mesmo.

O teatro direcionado às crianças deve estar obrigatoriamente relacionado com diversas áreas como a psicologia e a música, e não somente relacionado à disciplina de artes. É importante ainda utilizar o teatro por meio de recursos pedagógicos, pois apenas apresentá-lo de qualquer forma as crianças, sem que ocorra o planejamento, os resultados finais podem se tornar ineficazes, não atingindo o que se pretende desenvolver.
O teatro na escola pode colaborar para que as crianças possam se relacionar melhor com os colegas e o meio onde vive; construam seu conhecimento brincando e descobrindo seus espaços, se tornem mais participativos e responsáveis nas atividades em sala, projetos, e dinâmicas; formando indivíduos críticos e atuantes de sua própria realidade, opinando e sugerindo, formando cidadãos que valorizem as experiências e sabem lidar com as diferenças sociais do seu bairro. Os professores, familiares e a comunidade, devem conhecer a importância do teatro na formação dos alunos, a fim de contribuírem participando junto com os mesmos. Existem várias formas de teatro, porém os mais conhecidos são: onde o próprio homem atua, utilizando tanto máscaras ou fantoches, como também a sua imagem.

O teatro infantil

As modalidades de teatro aplicadas na escola focam uma proposta de ensino diferente da forma tradicional. O teatro infantil é uma apresentação cênica feita para crianças onde os atores utilizam muita criatividade, imaginação, fantasia e emoção. Os temas mais utilizados são os contos de fadas e fábulas.Por que é isso que alegra mais as crianças.Isso dá muita imaginação e criatividades para os pequeninos. Outro temas abordados no teatro infantil, principalmente no teatro destinado às escolas, são os temas transversais.

A pantomima

A pantomima pode ser considerada um jogo teatral que é realizado por cenas de ação dramática que se caracterizam por explicação da ação através do gesto. Podemos exemplificar essa afirmação através dos seguintes exemplos: A primeira atividade proposta foi a de arrumar uma casa: os elementos foram entrando e ordenando os cantos de cada. No final, cada elemento estava a fazer alguma coisa - ou lendo um livro, ou cozinhando, ou escutando música. Ou seja, o manipular simplesmente os diversos objetos estimulou as crianças a utilizá-los de imediato. A atividade do segundo jogo era colocar água num copo e bebê-la. Mas, assim que subiram mais jogadores ao palco iniciou-se a disputa pela mesma. Ou seja, os alunos viram-se obrigados a solucionar a questão entre-eles, recorrendo aos seus ensinamentos de cidadania. No terceiro jogo, a atividade era tocar um instrumento, e os jogadores subiam ao palco tocando cada um seu instrumento, até que um dos participantes regeu a orquestra, que passou a existir em função do estabelecimento de uma ordem mais ampla, fixando uma relação lógica da cena. Algo mais próximo ao jogo da ir do conjunto das ações é um bom roteiro. Foi atingido quando um dos jogadores subiu ao palco e propôs atividades de "tecer". Mas ainda que o grupo elaborou um cenografia, configurando um oficina de tecelagem, na qual eram desenvolvidas as mais diferentes atividades, desde dobrar panos até crochê ou costura à máquina. Somente numa fase posterior, quando voltamos ao jogo da atividade, o grupo manteve o foco solicitado pelo jogo.

Teatro de fantoches

O teatro de bonecos teve sua origem na Antigüidade. Os homens começaram a modelar bonecos no barro, mas sem movimentos e aos poucos foram aprimorando esses bonecos, conseguindo mais tarde a articulação da cabeça e membros para fazer representações com eles.

Os bonecos

Os bonecos utilizados pelos alunos na escola seguindo a orientação de um professor têm um papel importantíssimo na educação, pois eles podem ajudar a desenvolver vários aspectos educacionais principalmente aos que estão relacionados à comunicação e a expressão sensório-motora. O professor deve deixar a criança manipular os bonecos à vontade. Aos poucos, a criança irá sentir uma vontade de criar uma fala, um diálogo para aquele boneco, aliando o movimento dele com a palavra.

Teatro de máscaras

O homem usa máscaras desde a Pré-História nos rituais religiosos. Na África, elas são esculpidas em madeira e pintadas. Já os índios americanos fazem-nas de couro pintado e adornos de penas. Na Oceania, são feitas de conchas e madeira e com madrepérolas incrustadas.
Existe um tipo muito antigo de máscara que é aquela desenhada no próprio rosto com tintas especiais, maquiagens e pinturas. Este tipo é muito utilizado pelos índios e pelos africanos nos seus rituais religiosos, de guerra, festas, etc.
Para a confecção, pode-se usar sacos de papel, cartolinas, tecidos, tintas, pratos de papelão, jornal, material de sucata, etc.
Esta atividade não é difícil de ser executada e será prazerosa para as crianças, pois elas poderão representar uma história com um material que elas mesmo elaboraram, pois estarão criando e recriando à sua própria dialética.
O teatro de máscaras promove a recreação, o jogo, a socialização, melhoria na fala da criança, desinibição dos alunos mais tímidos. Quando o trabalho em aula exigir o uso da palavra, a máscara que deve ser utilizada é aquela que cobre os olhos e o nariz deixando a boca livre, permitindo que a voz saia clara, exibindo a sua expressão verbal.
As crianças, representando com o rosto oculto, se permitem viver o enredo dos próprios personagens e o cotidiano social a que pertence.

Grupos de teatro

É sempre de estimular que em todas as escolas, juntas de freguesia, comunidades locais, etc. se formem grupos de teatro constituídos por crianças e jovens.
Através do teatro as crianças podem estar, quase sem se aperceberem, a focar e imediatamente a solucionar, problemas locais, p.ex., tais como a discriminação racial, o ambiente, as tradições locais, o mau rendimento escolar, etc.
As crianças/jovens podem-se juntar em grupos e partir delas o tema a abordar, e daí desenvolverem o seu próprio texto.
Os grupos de teatro podem absolutamente colaborar na integração de crianças e adolescentes com deficiências de todo tipo, permitindo uma melhoria substancial da sua auto-estima e das próprias doenças que sofrem.
É de imensa importância que as crianças que constituem os grupos de teatro não fiquem com a percepção de que a vida de artista é bastante simplista e de diversão, pelo que as remunerações financeiras são de evitar (podem ser dadas ofertas culturais como bilhetes para outros espectáculos, livros, etc.). Deve-se sim, estimular o gosto da representação criando um futuro público de teatro.

Conheça melhor como funciona o teatro aqui no Colégio Educar:

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A importância da educação na primeira infância

A importância da educação na primeira infância

A fase que vai do 0 aos 6 anos, mais conhecida como primeira infância, é um período muito rico para o desenvolvimento humano. Cada nova experiência vivida forma frutos no futuro da criança que farão a diferença por toda sua vida.

“Como sabemos pela ciência, a arquitetura do cérebro se forma nos primeiros anos de vida. É por isso que o trabalho educacional é extremamente importante e ajuda a definir o futuro desenvolvimento da criança. Na escola, ela ganha habilidade, conhecimento, sensibilidade, valores, capacidade de percepção e relacionamento”, explica o sociólogo Cesar Callegari, diretor da Faculdade Sesi-SP de educação.

Na escola infantil a criança brinca, ri e se diverte a todo momento, e acredite, isso é ótimo! Mas tem muito mais envolvido nesse processo. Apesar das brincadeiras parecerem despretensiosas, elas são fundamentais e trazem muitas lições para os pequenos. Portanto, não necessariamente o desenvolver se baseia em apostilas, provas e deveres, na verdade, a criança deve brincar e se relacionar. Inclusive, existem diversos estudos que comprovam, como por exemplo, um recente estudo realizado com cerca de 1 milhão de crianças na Carolina do Norte (EUA), os alunos que desfrutaram de uma boa educação infantil, tiveram um desempenho melhor no ensino fundamental e menos necessidade de reforço escolar. Cientistas de Harvard (EUA) também indicaram que, quanto mais as crianças se desenvolvem durante esse período, mais chances terão de ganharem bons salários e chegarem à faculdade.

Emoções e conquistas

Para Pnina Eva Friedlander, coordenadora e sócia da escola Carandá Vivavida (SP), “Quando a criança sai de casa, ela é filha de fulano e da fulana. Ao passar pelo portão da escola, vira aluna, ganha um novo status. Ela precisa dividir, compartilhar, percebe que o brinquedo da escola não pertence a ela e que o colega tem direito de usar também. Assim vai aprendendo sobre negociação e descobre como brincar junto”. Ou seja, a escola aumenta a convivência social, tanto com outras crianças, como com os adultos, isso ajuda na percepção de que existe o “eu” e o “outro”, já que os pequenos não têm a consciência de que o mundo não é só o que eles conhecem ou convivem.

As famílias de hoje estão cada vez menores, isso restringe a familiaridade, logo o ambiente escolar desde cedo possibilita o contato e respeito à diversidade, muitas vezes é a única forma de contato diário com outras crianças. “A partir da interação, ela percebe que o amigo também tem família e sentimentos, o que é uma questão social muito importante”, afirma a psicóloga e psicopedagoga Ana Cássia Maturano. Estudos feitos pela Universidade de Illinois (EUA) já comprovam que bons amigos na educação infantil oferecem benefícios a longo prazo. Como melhores níveis de cooperação, sabem compartilhar e alternar tarefas, e também são menos hostis e conflituosas com os colegas.

Mas os benefícios não terminam, dentro da escola, eles aprendem a lidar com a espera, a frustação, a noção de espaço e tempo, o respeito mutuo, a autoridade do professor e tolerância. Segundo a presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, Luciana Barros, “essas são

aprendizagens básica para desenvolver a autonomia. Por estar longe dos pais, a criança precisa resolver conflitos e enfrentar situações por conta própria. Assim, ela aprende a criar soluções e a cuidar de si mesma”, diz.

Os pais conseguem notar facilmente os ganhos cognitivos e psicomotores das crianças, entre eles, o desenvolvimento da linguagem e da motricidade fina. Como Darlene Caldas, 35 anos, mãe de Beatriz, 3 anos, que diz “Eu achava um absurdo colocar a criança desde cedo na escola. Mas quando tive minha filha, percebi a necessidade de estimulá-la. Desde que a matriculei, ela se desenvolveu bastante, aumentou o vocabulário, fez amizades, aprendeu a conviver com outras crianças e a compartilhar. Também é nítido o seu desenvolvimento cognitivo e motor”.

Além do brincar

Fuja de escolas com horas de confinamento em sala e atividades repetitivas que estimulam decorar o conteúdo, a ideia é justamente o oposto. Alessandra Sarkis, diretora da Escola de Educação Infantil da Universidade Federal do Rio de Janeiro ressalta, “As Diretrizes Curriculares Nacionais trazem como eixos norteadores do trabalho pedagógico da educação infantil as interações e as brincadeiras que permitem vivenciar momentos de aprendizagem no cotidiano escolar”. Mas lembre-se, a escola não deve ficar brincando livremente o dia todo ou vendo filmes. As brincadeiras devem ser planejadas, ter um propósito e não servir apenas para entretenimento. Edson D’Addio, diretor do colégio Palmares (SP), explica, “Há todo um objetivo pedagógico por trás, para desenvolver diferentes habilidades. O aluno está brincando, mas existe um motivo sólido para isso. Os pais precisam ter noção sobre as atividades do filho”. Uma pintura com os dedos, por exemplo, trabalha texturas, cores e coordenação motora. Um simples carimbo na mão inclui noções de tamanho, numerais e formas. Uma canção pode trazer lições sobre lendas ou a cultura do país, enquanto uma história contada talvez trabalhe sentimentos.

É dessa forma, que mesmo sem se dar conta, a criança está aprendendo e assimilando novos conceitos de forma prática. Isso em diversas atividades, como mexer com tinta, massinha, argila, na dança e música, ou até mesmo em saídas pedagógicas a teatros, exposições e museus. De acordo com a coordenadora Pnina, a escola deve oferecer um conteúdo diversificado e de qualidade, contendo todas as linguagens artísticas, para que pessoas curiosas e críticas sejam formadas. Uma forma das escolas mostrarem todo esse trabalho para os pais são as mostras culturais. Aqui no Educar, ela acontece duas vezes por ano, sendo a Feira do Livro no primeiro semestre e a Feira Cultural no segundo

Processo da alfabetização

Não tenha pressa na alfabetização, a criança precisa de tempo livre justamente por estar aprendendo a todo momento nos mais variados tipos de situações. Ela só está realmente preparada para isso por volta dos 5 anos, não podendo ter esse processo forçado ou antecipado. Mas não pense que os deveres de casa não existirão, eles são necessários, mas devem ser adequados de acordo com a faixa etária. Crianças de 3 anos podem ter tarefas somente uma vez na semana. As de 4 e 5, de duas a três semanais, desde que sejam simples e não tenha um grau de

dificuldade que impossibilite a criança de fazer. Os pais podem estar do lado acompanhando, entretanto, nunca devem fazer as atividades pelos filhos. As tarefas trabalham justamente responsabilidade e autonomia, cumprindo prazos e a criando hábitos de estudo, já preparando para o futuro.

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